loteria
O carro a tempestade levou,
Os sapatos, carteira, sofá,
Panelas, garfos, colher, cama,
Sanitário e chuveiro,
Quadros e tudo
Até o próprio corpo não deixando nada,
Arrastados pela fúria,
Restou a lamúria,
Dos amigos do peito,
E o enterro,
Este teve que ser simbólico,
Mas o milhar todos pegaram,
Na lápide do não defunto,
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