Das hipocrisias cotidianas
Horrores impregnados.
Eu vejo.
Em todos os níveis.
Vejo maldade espalhada - a escala mundial.
Isso não é obra do acaso.
Garanto que há razões e inúmeras que não podem se redimir.
Vejo mortes, corpos, desvalorização.
Vejo malícia no braço que lhe é oferecido: inverdade.
Há desespero em querer o mal de outrem: infelicidade.
Mas, isso a cada esquina, nas redes sociais, na casa que abrimos à visita, no chão que a gente pisa.
Acorde.
Diversos falatórios virtuais e o quase nada que se faz.
Sei que é muito mais, todavia onde se esconde nosso esforço?
Algo simples e grandioso.
Que não mede dificuldade.
Eu falo de amar.
Amar mesmo.
Amar com escuta.
Amor com beijo, com tato, com apego, com vontade.
Não “deixar para lá” quando alguém lhe procura.
Quem ainda fala sobre compaixão?
Se fala, não tem.
Não - não mesmo.
Ninguém é superior nas estruturas e demandas emocionais.
Não existe desmerecedor de ajuda, nem de demandas que devam ser descartadas.
Pelo contrário, especificadas e atendidas.
Em muito, a calamidade se revela na desimportância que nós estamos nos dando.
A humanidade sem humanização.
Eu lhe pergunto: onde está o nosso verdadeiro amor?
Percebe que não está?
Eu não quero.
Nem posso.
Vou recusar.
Torno-me humana a partir do momento em que lhe percebo na sua integridade.
E zelo por ela.
Eu só estou onde me coloco.
Por isso, vou ao encontro dos nossos eu’s.
Falar quando pertinente, demonstrar a todo instante.
Sua saúde mental importa.
O seu ser, na completude que me é apresentada, abrange sistemas de cooperação sentimental.
O psicológico é real e não invenção.
Eu me volto a você e faço o que posso para entender.
Empatia.
Alteridade.
Urgências.
Mundo melhor.