Toda viagem é solitária

UM GRAFITE NA MÃO DO POETA

Um grafite na mão do poeta

Rasga a película e mancha os verbos de cores, dando-lhes cortes imprecisos

Refiro-me a relacionamentos, encontros e ocasiões especiais.

O grafite na mão do poeta desliza expondo sentimentos imaturos que

Ao mergulhar na busca do conhecer-te, abre-se um atalho, uma página

E um perfil revela:

Toda viagem é solitária.

O grafite descreve roteiros imaginários.

Com a imprecisão, as marcas devem contornar o perfil

Mesmo que seja dos desencontros

Refiro-me à caminhada enquanto juntos.

O grafite nas mãos dos amantes

Desliza leve imitando o vento brincando com os lírios dos campos

O sonho reescreve o caminho

Mesmo que tenha sido... só defeitos...

As mulheres entram em nossas vidas como obras de arte

Vêm prontas, roteiro definido, e até o cenário elas trazem decorado.

Trazem um nicho emocional acarpetado, aparentemente simples

– Aparentemente!

O fundo esconde um estilete afiado e paisagens difíceis de grafitar.

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 15/03/2019
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