Poeta confuso

Eu não sou ninguém além de palavras que se apagam

Nada além de cinzas pelo vento

Um pedaço de silêncio na lembrança

Eu não sou ninguém além do pensamento

Um sopro vazio de lamento

Uma lágrima descendo sobre a face

Uma verdade e um disfarce

O real e o sonho

Um poema sem nexo

Um amor sem sexo

Eu não sou ninguém além do que pretendo

Se em você estou preso

Livre eu vou fingindo

Que estou vivendo

Eu não sou ninguém que exista para se fazer compreender

Por mais que você tente perpetrar meus segredos

O que escrevo com os dedos dentro de um contexto

As palavras vão te confundir ao se encher de emoção

Carlinhos Real
Enviado por Carlinhos Real em 15/03/2019
Código do texto: T6598908
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