O Poeta e o Trem

A poesia é uma meta

como um navio que deixa o porto e segue, é preciso

e se distancia, e se perde...

Antes, imaginei que tivesse consciência; hoje; vejo que o meu desespero, é consequência.

Não escrevo por pura covardia!

Falta-me leveza

Ha palavras que deformam, outras, viram abrigo.

A lingua devassa agride e açoita, ao mesmo tempo,

embala a criança que acorda assustada

Sou e tenho consciência

De minha inquieta pobreza

Isso é pouco!

Escrever é coisa de louco

Estou no limiar da sensatez

Apenas desejo

Fazer um recorte

E sendo um crítico contumaz o conteúdo está apodrecido.

-Todo poeta que não garimpa merece a guilhotina.

Versos, qualquer um escreve.

Pessoa, Clarice, Patativa, Thiago de Melo e Cora Coralina. Esses: velejam!

Perderam o corpo na última tempestade inclusive Cecília Meirelles. Adélia Prado me disse que está vindo!

Avisei a Milfa:

Fomos para a estação.

O trem não veio.

Que pena!

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 13/03/2019
Reeditado em 07/11/2023
Código do texto: T6597239
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