Para que poesia?

O sol causticante
Na cabeça e o açoite
O lombo marcado
Trabalho suado
A mesa está posta
Trancos e barrancos
A ferida exposta
Tantos solavancos
Cangalha armada
Lá se vai mais um dia
O medo constante
Da barriga vazia
Nem música se ouve
Pura fantasia
São tão poucos os sonhos
Para quê? Poesia!

Cláudia Machado

Nota: Muitos não dão valor à poesia, à expressão artística e aos sonhos porque pensam que não "enchem barriga". Mal sabem que não "enchem barriga" mas deixam a existência prenhe de vida!
Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 12/03/2019
Reeditado em 12/03/2019
Código do texto: T6596561
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.