À mesa, a fartura

Oh, criatura dos olhos arregalados.

A morte o sepulta

em fome miserável.

À mesa, a fartura.

O prato não mata sua gula,

Oh, insano desejo, insuperável.

Àqueles nem a mesa o resta,

o aguarda uma fagulha

de pão tão desejado.

Calejadas quebram em pedaços,

Mais um dia de luta

Com o sorriso estampado.

Quem dera todos almejacem,

À mesa um pouco que lhe sustentasse.

Não caberia espaço a fome.

Aurora a todos teriam,

dias de unção

de todos os miseráveis.

Elias Willian
Enviado por Elias Willian em 12/03/2019
Reeditado em 12/03/2019
Código do texto: T6596347
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.