ANDO POR AÍ...
Ando por aí, não me reencontro,
Já não sei se existo e quem sou,
Ando por aí por ver andar outros,
Não sei quem sou e onde estou.
Vejo gente passar, mas não sei
Quem são e para onde eles vão,
É tudo tão misterioso e secreto,
Que me sinto estranho objecto.
É tudo tão esquisito, que creio
O mundo estar hoje do avesso,
Anda tudo a correr tão rápido,s
Que o homem gerou abcesso.
Anda a humanidade obsecada
Em confrontos de tal violência
Que se mutilam até à morte,
Ignorando a sua melhor sorte.
Velhos e crianças inocentes
São sacrificados sem culpa,
Sem haver possível salvação,
Por ausência de bom coração.
Assim ando eu por aí perdido,
Sem saber o que devo fazer,
Para ajudar a salvar o mundo
Que está infectado e imundo.
Ruy Serrano - 05.03.2019