Arado
Nem sacro nem profano
ser humano sou e vou
errando julgando acertar
acertando julgando errar,
subindo paredes
descendo ladeiras
atolando no barro
comendo poeira,
falando verdades
falando besteiras
minhas verdades
meias verdades
mentindo talvez,
repleto de sonhos
em meio a pesadelos
desenrolando novelos
enrolado em novelas,
gritando e calando
sentindo e fingindo
e na viagem chegando
a um destino final
onde desembarco
dessa vida
afinal.