O nó
O nó
Estou só.
Exatamente onde a vida dá um nó.
Sem volta,
posso ver o fio chegando ao fim.
Preciso seguir
completando a trama programada.
O nó impede-me o retorno,
mas é a bagagem que ajuda a prosseguir.
Não há como desfazer o nó.
Entretanto, posso começar nova trama
usando o material que acumulei,
sobre o fio que ainda resta.
Afinal, porque voltar? refazer?
Sigo criando novas formas, novas cores.
Talvez descubra que o fio não é tão curto
e ainda há muito a tecer. Esqueço o nó.