Repúdio
Sequestraste a minha alma
Cercando com grades os meus olhos
E chumbando os meus pés com concreto.
Zombaste do meu peito indefeso
Gritando músicas de guerra
Enquanto o dia se fazia de cores impossíveis.
Roubaste dos cegos na calada da noite
E repartiste os escombros
Com as aves daninhas que fugiram do céu.
Exilaste as borboletas
Que planavam docemente pelos meus jardins.
Fizeste-me provar do fel
Da crueldade e da podridão
E com rótulos inocentes
Aniquilaste minha alma, minha vida, meu viver...
Imagem: Aquarela "Corcovado" de Nilza Regina Giroldo Mauad
Vinhedo (SP), inverno de 2012.
Sequestraste a minha alma
Cercando com grades os meus olhos
E chumbando os meus pés com concreto.
Zombaste do meu peito indefeso
Gritando músicas de guerra
Enquanto o dia se fazia de cores impossíveis.
Roubaste dos cegos na calada da noite
E repartiste os escombros
Com as aves daninhas que fugiram do céu.
Exilaste as borboletas
Que planavam docemente pelos meus jardins.
Fizeste-me provar do fel
Da crueldade e da podridão
E com rótulos inocentes
Aniquilaste minha alma, minha vida, meu viver...
Imagem: Aquarela "Corcovado" de Nilza Regina Giroldo Mauad
Vinhedo (SP), inverno de 2012.