A PIPA
(Por Érica Cinara Santos)
E eis que ao entardecer
Nos céus de um domingo sem chuvas
Intermináveis bailados em curvas
Banham de paz o meu ser
E sai de minh’alma sorrisos
A acompanharem as doces estripulias
Da dança, da alegria
Da pipa um suave feitiço
É bem verdade, alegre pipa,
Que hoje me trazes inspiração
Ver-te em piruetas nos ares, a tocar meu coração,
Confesso-te que aí meus tormentos dissipas.
E penso sobre alguns conceitos
Acerca da fragilidade e leveza
Nos quais não se furta a legítima beleza
A sussurrar-me que já há cá a felicidade no peito.