Debaixo do Sol - O 12º Andar

Debaixo do Sol - O 12º Andar

Percebi ainda debaixo do sol,

Que tudo parece ser maior que o ser vivente.

Os prédios, os planos, o preço.

E o no décimo segundo andar não há paz,

Na janela o vento sopra insegurança,

Olhar para baixo, mundo minúsculo demais.

Todas as palavras ditas ainda trêmulas,

Quem sabe algum dia o térreo seja ideal e

Faça com que as ideia sejam estáveis, pois

Essa vida que se acomoda é irracional.

Tanto tempo está sendo roubado,

Lhe falta relógio e vive sempre em atraso.

Falta água, calma, sobra lágrima e cansaço.

E nem a seca seria tão vil,

quanto o arrependimento.

Nessa cama não cabe mais lamento!

E a riqueza não é um bom argumento.

Apesar da largura desse impecável vão,

A essa altura se perde entre tantos nãos.

Eu subi, subi para rever o passado, peso!

Nessa balança o peso é sempre desigual.

Não faz-me bem ver em volta tanto mal,

Mas é sempre assim, martelo e martírio.

Flagelo e refém - esse mal lhe faz bem

Seu eu pudesse somente lhe alumiar,

Mas me perdi em tanta escuridão e apesar

De estender a mão, não vi sua mão também.

Desci preso a me olhar,

Deixei o que pude deixar.

Um abraço, um afago, a ideia de um lar.

E agora caminho, aguardo sozinho

Minha aposta, a resposta, o ponto findar.

Victor Cunha

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 18/02/2019
Código do texto: T6577893
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.