Definição epistemológica da felicidade.
A felicidade é o canto dos passarinhos construindo ninhos em árvores frondosas em pleno deserto.
Em que o sol não se toca ao solo com tanta escuridão.
A felicidade é o brilho das estrelas perdidas entre as folhas das árvores, os frutos produzidos que se prendem entre os galhos sobrepostos na imensidão.
Desse modo, o solo continua árido e seco sem fertilização.
A felicidade é extensão do deserto preso a um mundo cheio de florestas.
Água da chuva correndo sobre as folhas, sem criar nenhum riacho.
Com efeito, a felicidade é o canto da solidão como se fosse um paraíso celeste.
Desse modo, os dias são intermináveis, as noites as mesmas continuidades.
A felicidade apenas o silêncio do tempo, o antagonismo do presente.
Nada além do canto dos pássaros, solitários ao próprio instinto.
O escuro eterno encobrindo o solo, como se no infinito não existisse energia de hidrogênio.
Portanto, a felicidade é o sussurro medonho de todas encruzadas presas na alma da respiração.
Como se o soluço fosse o único sinal da imaginação.
Em relação ao futuro a representação do instante, sendo assim, a felicidade é o grito do próprio silêncio.
Edjar Dias de Vasconcelos.