Negrinho, negro, negrão
Negrinho, negro, negrão
Do que és feito, meu irmão
De trigo, pó ou algodão
Não é não
Contribuiu na plantação
Mas pela origem e cor
Foste deixado de lado
Sem dó e nenhum amor
Por considerar que um só
É dono da plantação
Do cérebro e da cabeça
De todos os demais irmãos
Apartado pela cor
Segue cabisbaixo
E sem amor
Aí veio a educação
Iluminar a negritude
E a mente de todo irmão
Obrigando a dividir o mundo
E não migalhas de pão
Foi assim que sucedeu
No caminho a educação
Para mostrar a igualdade
Entre todos nós irmãos
Se tu pensas que és melhor
Engole o pedaço de pão
Fica calado e não destrói
O que foi construído
Para reparação
Do mal que todos fizemos
Aos nossos mesmos irmãos
Cuspindo no prato que comemos
Sem nenhuma educação
Por isso adverte a lei
Criada por nós cidadãos
Vamos tratar com respeito
O negro, negrinho, negrão
Que muito contribuirão
Para nossa diversão
Com música, comida e dança
Sem contar com a educação
Pois esta tornou-se plural
É o que diz a Constituição
No artigo 215 manda respeitar nossos irmãos
Se é índio ou quilombola essa não é a questão
O multiculturalismo é a palavra em ação
Sentimento bem vivido
Por meio da educação
Esta também é plural
E viva a educação
Que nos permite na atualidade
A bem tratar nossos irmãos
No mundo não há espaço
Para a separação
E, se hoje pensa-se assim
É por ter educação
Garantida sim senhor
Na nossa Constituição
Que embora esteja em vigor
É difícil de aplicar
Pois normas não saem andando
Sem alguém a lhes tocar
E nesse caso é preciso
Alguém para elucidar
Refletir sobre a verdade
E nunca se deixar calar
Viva, viva a liberdade
E a Constituição
Esta nos garantirá
A manter os pés no chão
Em, 09/11/2018, Syglea Rejane Magalhães Lopes