O poeta em “SI”
- Você é feliz?
Todos, ou muitos dentre todos.
Acreditam que para ser um poeta de “qualidade”, é necessário sofrer.
Não, um sofrer comum, um sofrer épico!
Todos temos que conviver com nossos demônios.
Algo que eu aprendi com a morte, é que a vida é mais que sofrimento.
É como reagimos nos momentos de dor, perda e corações partidos, que define “quem” somos realmente.
Não, eu não sou uma sofredora compulsiva!
E acredito que a arte de viver, e não apenas sobreviver, está em olhar o amargo como momento oportuno para apreciar o doce.
Todo “doce” precisa em sua receita de uma pitada de sal, para não ser enjoativo.
Todos choramos, mas a vida não precisa se vestir em um luto eterno.
Ao contrário, o céu fica mais belo e notável, após as nuvens carregadas de tempestade.
Que por horas pintaram o céu em sua monocromática cinzenta, dão vazão ao calor da estrela mais radiante no firmamento: o sol.
Dissipando todo o ar carregado, trazendo consigo, uma nova aurora, um alvorecer em tons tropicais.
Sim, eu sou feliz.
Porém, aprendi com a vida que felicidade não passa de um ponto de vista.
Uma forma de olhar a vida. Uma janela, pela qual escolhemos a paisagem.
A felicidade não vem de fora – do mundo exterior.
E sim, de dentro do nosso cerne.
Quando o alimentamos de amor, otimismo e esperança.
Então não, eu não quero felicidade, eu desejo amor!
Para alimentar minha alma dia-a-dia, amor.
Seja poeta ou não. Não se torna poeta, se nasce – se é.
Kalynna Dacol, são luís, 6 de fevereiro de 2019