XIIIIIIIII, SILÊNCIO.

Eu moro lá no campo.

Tive que sair pra estudar na cidade.

Moro lá no campo,

Aqui, sofro com a desigualdade,

Preconceito, racismo, homofobia.

Tudo isso vejo todo dia.

Cheio de padrões, não há tanta liberdade.

Eu moro lá no campo.

Sou matuto, sou agricultor.

Eu vim lá do campo.

Mas não pra ser humilhado por dotor.

Não sou intelectual,

Não tenho muito real,

Mas mesmo assim sou trabaiador.

Eu moro lá no campo.

Planto arroz, milho e feijão.

Moro no campo.

E tenho todo direito a educação.

O direito de uma boa escola,

Sem ser pisado, então, tire sua sola,

Esse sapato da opressão.

Eu moro lá no campo.

Tenho meu conhecimento.

Moro no campo,

E hoje já tenho discernimento.

A educação é um direito conquistado,

No campo ou na cidade é dever do Estado.

Sou camponês e tenho voz nesse momento.

Das lutas foram forjados guerreiros como

Os estudantes, os LGBTS, os camponeses, os trabalhadores.

Querem respeito, assim como aqueles que se diz senhores.

Sem ser pisado…

Sem ser humilhado…

Chega de correntes, somos discentes da educação.

Dizer que é só para intelectual,

No mínimo é burrice sem igual,

Quanta hipocrisia, é tanta abstração.

Eis o governo com suas limitações

Eis o governo e suas execuções

Eis o governo!

Xiiiiii, silêncio. Está querendo ser preso ou morrer?

Voltamos ao retrocesso, talvez é perigoso não se submeter ao poder.

Tiago_Alves
Enviado por Tiago_Alves em 05/02/2019
Reeditado em 24/02/2019
Código do texto: T6568010
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