Meu poema não é para Brumadinho
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(Por SandraFayad)
Meu poema é para mim que, diante da TV,
vejo a tragédia daquela cidade
como se fosse um filme da Netflix.
Nada a ver com a minha realidade!
Família e amigos com todos os anéis,
tranquilos, em paz.
E em todos os canais aquela publicidade
repetida sem cessar, entrevistas cruéis,
lágrimas e depoimentos emocionantes
arrancados sem dó nem piedade.
Nessa hora, desligo a TV e me pergunto:
Que espécie de amor tenho distribuído?
Quantas vezes semeei dor e amargura?
Quantas vezes fui rude e intolerante?
Há quanto tempo não falo com os meus,
ou saio por aí distribuindo ternura?
E me respondo:
Na minha fragilidade sou pedra lascada,
grosseira, despreparada, inútil,
quando deveria ser como o velho carvalho
que - para os pássaros - nas tempestades
faz de seus braços um aconchegante agasalho.
Bsb, 30/01/2019
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(Por SandraFayad)
Meu poema é para mim que, diante da TV,
vejo a tragédia daquela cidade
como se fosse um filme da Netflix.
Nada a ver com a minha realidade!
Família e amigos com todos os anéis,
tranquilos, em paz.
E em todos os canais aquela publicidade
repetida sem cessar, entrevistas cruéis,
lágrimas e depoimentos emocionantes
arrancados sem dó nem piedade.
Nessa hora, desligo a TV e me pergunto:
Que espécie de amor tenho distribuído?
Quantas vezes semeei dor e amargura?
Quantas vezes fui rude e intolerante?
Há quanto tempo não falo com os meus,
ou saio por aí distribuindo ternura?
E me respondo:
Na minha fragilidade sou pedra lascada,
grosseira, despreparada, inútil,
quando deveria ser como o velho carvalho
que - para os pássaros - nas tempestades
faz de seus braços um aconchegante agasalho.
Bsb, 30/01/2019
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