Pois, trágico.
"O homem- qualquer homem- é uma casa habitada por um poeta que , sabendo ou não sabendo, tem um sentido trágico". Carlos Heitor Cony.
Não é passageiro o trágico
É substância que firma no horizonte
Lúrido, vetusto, inquebrantável;
E alcança, pois, tanto
O homem forte ao fraco.
Nasce já criança em nossa espécie.
Pelos dedos nos bebês correm
Ao som do ninar, do primeiro sentir
Do ser que ainda não consciente
Em si já lateja o som
Do trágico presente.
Aparece firme nos primeiros amores;
Os amantes ainda púberes
Quando acabam as ilusões pueris
O trágico firma de longe
Um grande, belo arco-íris.
Atinge o máximo na velhice;
Titubeia com dores e espasmos.
E com a morte o trágico
É trágico. Nunca será esquecido
Pois na carne podre, eis o fágico!
"O homem- qualquer homem- é uma casa habitada por um poeta que , sabendo ou não sabendo, tem um sentido trágico". Carlos Heitor Cony.
Não é passageiro o trágico
É substância que firma no horizonte
Lúrido, vetusto, inquebrantável;
E alcança, pois, tanto
O homem forte ao fraco.
Nasce já criança em nossa espécie.
Pelos dedos nos bebês correm
Ao som do ninar, do primeiro sentir
Do ser que ainda não consciente
Em si já lateja o som
Do trágico presente.
Aparece firme nos primeiros amores;
Os amantes ainda púberes
Quando acabam as ilusões pueris
O trágico firma de longe
Um grande, belo arco-íris.
Atinge o máximo na velhice;
Titubeia com dores e espasmos.
E com a morte o trágico
É trágico. Nunca será esquecido
Pois na carne podre, eis o fágico!