DOAÇAO

DOAÇÃO

As mãos de minha alma,

doam-me os versos que compõem

os meus poemas de todos os dias.

Nem os peço, embora tenha

vontade de os pedir.

Mas peço antes a Deus,

sendo-lhe grato pela doação

espontânea, que me chega

pelas mãos de minha alma, os quais

(versos e poemas), quando estão

prontos, me habituo a os doar ao leitor.

E me chegam assim,

bem repentinos, como chuva

molhando o sol; como fruto maduro

caindo no chão; como abelha sugando

o néctar da flor; como orvalho

sobre a planta que se dilui

pelo calor do sol; como pássaro

na beira do ninho vigiando o filhote;

como alma que voa, após a vida

física extinta. Ademais, só sei que:

as mãos de Deus, através das mãos

de minha alma, e das mãos

de outras almas, estão sempre

me doando os versos, que compõem

os meus poemas de todos os dias.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 19/01/2019
Reeditado em 22/06/2021
Código do texto: T6554463
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