Armas?
Tu que chegas tão arrogante
Ao trono dos governantes
A prometer armas bastantes
Nas mãos dos cidadãos ignorantes
Não tem a noção do perigo
Que é a reação do inimigo
Ao perceber que a arma contigo
É o troféu do bandido
E o tiro sairá pela culatra
Em direção a testa do magnata
Que quando algo o desacata
Saca e cavaco cata
É a catástrofe da sociedade
Um sujeito sem propriedade
Adquirir uma arma por vaidade
Sem saber usá-la de verdade
E quantos irão padecer
Nessa guerra do mais ter
Cerca de um ser
Ou de todo o volver
A tropa a cair devagar
A procurar o maná
Será o símbolo do azar
Na crendice popular
Mas no credo dos alheados
Tudo está destinado
A morte dos condenados
E a soberba dos mais dotados