Quatro Armas de Fogo para todo e qualquer momento*

Quatro armas de fogo para cada macho ciumento

Quatro armas de fogo para cada homem inconformado com o fim do relacionamento

Quatro armas de fogo para cada motorista birrento

Quatro armas de fogo para cada jovem suicida sem alento

Quatro armas de fogo para cada criança cujo pai é desatento

Quatro armas de fogo para cada amigo briguento

Quatro armas de fogo para cada aluno indisciplinado e violento

Quatro armas de fogo para cada traficante que faz coleção de armamento

Quatro armas de fogo para cada playboy boçal e marrento

Quatro armas de fogo para cada comerciante assaltado e desatento

Quatro armas de fogo para cada cidadão de bem inseguro e sem treinamento

(Autoria atribuída a Xanda Boni)

NOTA

* O título a gente aplicou com base nas rimas e no contexto. Numa análise um pouco mais aprofundada, semioticizada mesmo, o sufixo -ento, que faz de cada vocábulo um adjetivo, intensifica não só o fim de cada verbo, mas o poema inteiro, além, é mais ou menos óbvio isso para quem lê muito e conhece um pouco de análise semiótica (greimasiana, nesse caso), é claro, de sugerir uma ideia de ação em andamento (olha aí o sufixo ressurgindo como elemento!)

Dáblio Vê