O QUE ERA MEU EU-LÍRICO?
Era o silêncio...
E o tal gritava em minha mente
Quebrando cada taça do meu eu.
Era o tempo...
E este orquestráva o coral de caos em mim
Que cantava choros e chorava notas.
Eram as velas...
Que ardiam e acendiam meu corpo
E tamanhas dúvidas se faziam de minha sombra.
Era a escrivaninha...
Repleta de papéis rasurados
E esboços de fases do que fui.
E era o vento...
Que me bagunçáva o cabelo
Que me geláva até a pele.
Então;
Me escrevi barulho...
O que calou o silêncio.
Me escrevi como pilhas vazias...
E isto parou o tempo.
Me escrevi calor...
E dilui a cera de cada uma destas velas.
Entao;
Me vesti...
Com a bagunça escrita na escrivaninha
E transformei o vento em calma
Tal adorno que me enfeita e ninguém vê!