O QUE ERA MEU EU-LÍRICO?

Era o silêncio...

E o tal gritava em minha mente

Quebrando cada taça do meu eu.

Era o tempo...

E este orquestráva o coral de caos em mim

Que cantava choros e chorava notas.

Eram as velas...

Que ardiam e acendiam meu corpo

E tamanhas dúvidas se faziam de minha sombra.

Era a escrivaninha...

Repleta de papéis rasurados

E esboços de fases do que fui.

E era o vento...

Que me bagunçáva o cabelo

Que me geláva até a pele.

Então;

Me escrevi barulho...

O que calou o silêncio.

Me escrevi como pilhas vazias...

E isto parou o tempo.

Me escrevi calor...

E dilui a cera de cada uma destas velas.

Entao;

Me vesti...

Com a bagunça escrita na escrivaninha

E transformei o vento em calma

Tal adorno que me enfeita e ninguém vê!

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 16/01/2019
Reeditado em 16/01/2019
Código do texto: T6551970
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