Extremos medianos
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Extremos medianos
Sou dos extremos,
de viver a plenitude.
Tudo ou nada!
Ou o esconderijo da farda rígida;
ou a nudez das águas que escorrem...
Ou o paralisante medo;
ou o eletrizante perigo...
Ou a certeza da validade;
ou o desligamento do vínculo.
Ou o calor derretendo corpos sedentos;
ou a geleira da indiferença.
Ou o destemor da ousadia;
ou o silenciar resignante do fracasso.
Tudo ou nada!
Tu ou não-tu.
E a temperança?
Não sei o que é!
Poetas, ah os poetas.
Há quem acredita neles.
Nijair Araújo Pinto
Crato CE, 14 de janeiro de 2019.
16h19min
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