SENSORIAIS

Adormece o outono cinzento

E uma melodia crespa o vazio

Enquanto as árvores desnudas

Tropeçam os galhos ao vento.

No orvalho há uma doce canção

Que madruga sob o véu da fraca

Luz que alumia faces do silêncio

Alquebrado pelo odor da razão.

Uma tristeza enfadada do crisol

Arrebenta-se diante do pândego

Aconchego que nutre da alegria

As horas transviadas do arrebol.

E no ensaio das folhas que voam

Há o ritual dos ritmos que soam!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 13/01/2019
Código do texto: T6550287
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