O ópio do Ódio
O ódio é um acidente de percurso,
desvio de trajeto.
A indigência do amor e do afeto
Cristal trincado, por entre fendas dissipam-se encantos e bondades!
Corpulência ressequida, exauridas sensibilidades.
Olhos opacos, por vezes lacrimejantes.
Brilho sem brio, oculta luminescência.
Recluso regozijo, sujeita o corpo e a alma à decadência
Permuta da leveza e da ternura pelo uso da maldade,
rancores, furor. Crueldade!
Donde vem tais ressentimentos ?
Ascendência do egoísmo!
Pela ''má '' formação a que tiveres ainda no ventre!
A criança ferida!
A vida não resolvida?
Eis que o amor, de forma soberana, supera todas as mazelas.
Regida às suas regras, liberta-se, quem possa sujeitar-se a elas.
Expele as pedras do coração,a sabedoria para saber dizer sim,
dizer não.
Faz reinar a fé, o perdão.
A certeza em cada penúria, ressurreição.
Sofrem angustias, todos aqueles que permitem mudanças
em meio ao crescimento e a evolução, em sua existência.
Sofrem amarguras, quem apesar de tudo,
o ódio passa a ser a maior razão.
( J L )