O SOL DA MEIA NOITE.

O SOL DA MEIA NOITE.

A densa poeira negra não inibe o luar,

claridade que imponente reina, apesar.

O céu e seus clarões, das rotas de aviões, céu de estrelas, longe dos apagões.

Das matas e campos se contlempla essa magia,

porque as luzes do progresso cegam

o espetáculo que a natureza cria.

A lua cheia provoca os mares,

sereias alegram os bares, calor e tentação à prova da traição.

Das quatro estações só a primavera impera, ainda que perene, reluta e espera.

De suas rosas pálidas, feridas, sina triste do cravo e o lamento das margaridas.

Chuvas já não regam, mas carregam, homens e animais, recado do céu e seus sinais.

Por entre espinhos essa estrada vai sumir, num abismo de ignorância e vaidade,

até a gente deixar de existir, e virarmos simplesmente saudade.

Itafernandes
Enviado por Itafernandes em 03/01/2019
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