O SOL DA MEIA NOITE.
O SOL DA MEIA NOITE.
A densa poeira negra não inibe o luar,
claridade que imponente reina, apesar.
O céu e seus clarões, das rotas de aviões, céu de estrelas, longe dos apagões.
Das matas e campos se contlempla essa magia,
porque as luzes do progresso cegam
o espetáculo que a natureza cria.
A lua cheia provoca os mares,
sereias alegram os bares, calor e tentação à prova da traição.
Das quatro estações só a primavera impera, ainda que perene, reluta e espera.
De suas rosas pálidas, feridas, sina triste do cravo e o lamento das margaridas.
Chuvas já não regam, mas carregam, homens e animais, recado do céu e seus sinais.
Por entre espinhos essa estrada vai sumir, num abismo de ignorância e vaidade,
até a gente deixar de existir, e virarmos simplesmente saudade.