INCÓGNITA

Fortes emoções os afloram

Devaneios de verão no inverno

A busca incessante de algo

Algo no meio do deserto

Decerto quer a luz e a escuridão

Quer ficar sozinho e tem medo da solidão

Ama e não sabe o que é o amor

É ventania e tem medo do vento

É alegria e dor ao mesmo tempo

É navegador e não conhece o mar

Voa sem ter asas para voar

É loucura e glória na História

É a própria História e não conhece o seu passado

Cria e mata sem saber o que virá

Faz planos sem saber a qual ponto quer chegar.

É um enorme ponto de interrogação

Incógnita, loucura...

Aberração?

Não... Simplesmente o homem.

JOEL MARINHO