A Espuma do Mar e a Areia da Praia

Uma manhã chuvosa de céu nublado

Descalça andando na terra branca

Solitária e inebriada pela paisagem

Observava o mar revolto e agitado

E os pensamentos viajam por dias de solidão...

Sem destino certo, apenas o horizonte

Firmava-se distante e longínquo

E sem alcance racional previsto

Os olhos buscavam respostas vãs

Perdidas nos compartimentos da alma...

O vento insistia em levar para longe os desenganos

Nos respingos das ondas que salpicavam tênues

No rosto sereno coberto de lembranças

Das histórias que desapareceram no tempo

Não sendo mais possível alcançá-las...

Mas, a confortante maciez da areia nos pés

Sublime os envolvia como delicadas plumas

Nos beijos das espumas brancas que tocam o chão

Sem pedir licença acariciando com alívio o corpo

Como uma mousse saborosa em refrigério.

Nestes breves instantes de suprema reflexão

A vida se renova liberta por um simples sentimento

Que brota da sabedoria da nobreza do oceano

Que se doa em forma de espumas brancas suaves

Para amaciar a areia da praia, que os nossos pés pisam...

Direitos reservados Liège Vaz

Olinda,PE/BR – 22/julho/2018