MEU IRMÃO HINDU
MEU IRMÃO HINDU
Quando não estou atuando
Não sei como
Não sei como
Ser humano.
Os personagens cobram
Ter tomado conta
Ter tomado conta
De mim.
Vivi a interpretar
Personas que nunca fui
Serei ou sou. Personas
Que não vinham de mim.
Para satisfazer a quem ???
Ao incrível personagem
Personagem invisível
Que tentavam fazer de mim !!!
Minha mãe, freudianamente
Atestava minha inexistência
Como se todas suas carências
Tivessem vindo de mim.
Meus irmãos se curvaram
Pósteros às descendências
De uma progênie chinfrim
Por que nunca reivindicaram
Presença que sempre quiseram
Para mim ???
Como puderam investir
Tão fanaticamente numa fauna
Numa alma a ermo imposta
Nutriram algum dia vontade
Aspiração própria ???
Por que abandonaram desde tenra
Na verde idade, a possibilidade
Insubstituível de existir ???
De que planeta vieram
Que sistema solar negou
A eles o brilho nos corações
Nos corações e mentes ???
Não viram suas vidas secas
Sem amor, metáforas
Alegorias de uma realidade
Que de há muito se esgotou ???
Que mundo este
(Que existe ???)
Todas as idades
Nas ruas das cidades
Existem apenas para o fim !!!