A POESIA SUBLIME

A POESIA SUBLIME

Não és a alma, poesia,

mas é parte dela,

quando se revela repentina

pelos seus olhos

espirituais, que pula fluídica

pela janela da inspiração,

para colher flores

e não abrolhos.

Não és a alma, sei,

mas sabes como poesia,

retirar dela

a luz que se irmana com o sol

do dia; e que juntas

(luz da alma e luz solar),

secam suavemente

as gotas de orvalho das plantas

floridas naturalmente.

Alma, sei que não és,

mas emerges dela,

como um rio a correr suave

por entre vale verdejante;

e como o artista,

que pinta na tela ao ar livre,

tao linda donzela,

vais também, poesia,

tecendo versos que fluem

mansos

pela correnteza livremente.

Então,

és para mim,

porta-voz da alma poética,

e qual poesia,

emanas amor dos mais belos

e puros jardins de Deus;

porquanto,

te inspiram os anjos

com as árias melódicas:

a poesia sublime,

oriunda das almas puras

que são eternas nos céus.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 10/12/2018
Código do texto: T6523358
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