A POESIA SUBLIME
A POESIA SUBLIME
Não és a alma, poesia,
mas é parte dela,
quando se revela repentina
pelos seus olhos
espirituais, que pula fluídica
pela janela da inspiração,
para colher flores
e não abrolhos.
Não és a alma, sei,
mas sabes como poesia,
retirar dela
a luz que se irmana com o sol
do dia; e que juntas
(luz da alma e luz solar),
secam suavemente
as gotas de orvalho das plantas
floridas naturalmente.
Alma, sei que não és,
mas emerges dela,
como um rio a correr suave
por entre vale verdejante;
e como o artista,
que pinta na tela ao ar livre,
tao linda donzela,
vais também, poesia,
tecendo versos que fluem
mansos
pela correnteza livremente.
Então,
és para mim,
porta-voz da alma poética,
e qual poesia,
emanas amor dos mais belos
e puros jardins de Deus;
porquanto,
te inspiram os anjos
com as árias melódicas:
a poesia sublime,
oriunda das almas puras
que são eternas nos céus.
Escritor Adilson Fontoura