DIGNA POESIA

DIGNA POESIA

Que dizer de ti,

poesia amiga,

que brota de mim a qualquer instante,

como onda que cresce,

se enrola, e após se desmancha,

atirando-se na praia;

molhando castelos de areia

feitos pela criança triunfante,

que se decepciona,

pela visão súbita da obra demolida.

Talvez brote de mim,

amiga poesia,

como onda que se forma sorrateira,

cuja intenção

é de espalhar o canto sedutor da sereia,

enquanto não vem a praia,

a qualquer hora

da noite tarefeira de brisa marítima

influenciada pela lua cheia.

Dizer de ti,

poesia amiga,

que sinto a agradável surpresa

do poeta aspirante,

que se encanta com os casos

contados pelos pescadores;

sem a suspeita

de que está por perto,

algum espirito habitante do fundo

do mar, a lhe soprarem

versos marinhos sonhadores,

que se dissipam

no canto da sereia cativante.

Mas te confesso,

amiga poesia, que fico feliz,

quando emerge de mim repentina,

qual sereia,

trazida pelas ondas

que se quebram na praia anoitecida;

aprecio de ti,

poesia amiga,

dentre as tuas inúmeras belezas

poéticas, a tamanha beleza

marinha que me fascina,

cujo mistério das coisas

permanece em Deus,

que sempre ilumina

a ti e a mim, digna poesia.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 09/12/2018
Código do texto: T6522574
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