A CONTINUA ALEGRIA DE ESCREVER

A CONTÍNUA ALEGRIA DE ESCREVER

Cada instante

que escrevo,

eternizo as palavras

que almejo,

ao saírem do casulo

da alma criadora

de símbolos poéticos

ou prosaicos,

em cuja retórica

priorizo a escrita

simples, qual simples

viver da alma eterna.

Cada verso, cada

prosa escritos,

emergem do sossego

ou da agitação

das coisas existentes,

que apenas aparentam

estarem ocultas,

mas de modo

inesperado se revelam,

pela imaginação

da alma

sempre desperta.

Escrevo em cada

instante, conforme

o tempo me conduz

por passagens

labirínticas de curvas

imprevistas,

mas também de retas

confiáveis onde

as palavras

se dispersam bem

como se unem

num mesmo objetivo.

Disso resulta,

a contínua alegria

de escrever,

pensando em ocupar

a folha nua

de palavras, mas que

aos poucos se veste

delas, porque elas,

as palavras (poéticas

ou prosaicas),

como a alma

do escritor-poeta,

são eternas.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 08/12/2018
Reeditado em 11/01/2021
Código do texto: T6521871
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