A CONTINUA ALEGRIA DE ESCREVER
A CONTÍNUA ALEGRIA DE ESCREVER
Cada instante
que escrevo,
eternizo as palavras
que almejo,
ao saírem do casulo
da alma criadora
de símbolos poéticos
ou prosaicos,
em cuja retórica
priorizo a escrita
simples, qual simples
viver da alma eterna.
Cada verso, cada
prosa escritos,
emergem do sossego
ou da agitação
das coisas existentes,
que apenas aparentam
estarem ocultas,
mas de modo
inesperado se revelam,
pela imaginação
da alma
sempre desperta.
Escrevo em cada
instante, conforme
o tempo me conduz
por passagens
labirínticas de curvas
imprevistas,
mas também de retas
confiáveis onde
as palavras
se dispersam bem
como se unem
num mesmo objetivo.
Disso resulta,
a contínua alegria
de escrever,
pensando em ocupar
a folha nua
de palavras, mas que
aos poucos se veste
delas, porque elas,
as palavras (poéticas
ou prosaicas),
como a alma
do escritor-poeta,
são eternas.
Escritor Adilson Fontoura