Um copo de álcool

Um copo de álcool

Um copo com álcool na mesa

Companhia clamada pelo solitário

O paladar de cujo ardor incendiário

Inebria qualquer resquício de tristeza.

Um copo já atordoa à certeza

Razão, consciência, e salário

Um corpo escravo “missionário”

Se a alma já não governa com clareza.

Um copo vazio enfim, deixado

A conta paga na incerteza

O andar cambaleante entre as mesas

Um corpo pelo álcool baleado.

Marcel Lopes

03/12/2018