Queria ser Juiz como as Árvores

Queria ser arbusto,

Arbusto e árvore frutífera;

Queria ser pomar da Justiça,

Pomar que só desse frutos justos,

Acoplado à árvore justa

Que não condenasse arvorezinha ,

Ou gigantesca árvore

Sem se ater às provas,

Que primasse pela imparcialidade.

Queria ser juiz como as árvores

Que não julgam indiscriminadamente,

Nem fazem juízo de valores,

Não escolhem a quem proteger ,

Ou a quem perseguir:

A todos dão -- sombra, perfumes,

Frutos e descanso justamente!