SILÊNCIO
Meu silêncio grita dentro de mim
E meu pensamento desengonçado é tortura
Que faz de mim amaranto da real miniatura
Penada que vive do sarcasmo sem fim.
Vazia, minha alma habita um submundo
Em que forma e conteúdo são estradas
Irregulares em meio a vozes diagramadas
Pelos ventos que sopram num palco imundo.
Não se decifram os segredos do desequilíbrio
Impune que as tatuagens incitam sem o brilho
Da mente aberta que, sem ritmo, perece fechada.
Indubitavelmente não há um paladar concêntrico,
Pois de sinestesia em sinestesia perde-se o idêntico
Reciclar que torna a existência muda, sem nada...
DE Ivan de Oliveira Melo