SILÊNCIO

Meu silêncio grita dentro de mim

E meu pensamento desengonçado é tortura

Que faz de mim amaranto da real miniatura

Penada que vive do sarcasmo sem fim.

Vazia, minha alma habita um submundo

Em que forma e conteúdo são estradas

Irregulares em meio a vozes diagramadas

Pelos ventos que sopram num palco imundo.

Não se decifram os segredos do desequilíbrio

Impune que as tatuagens incitam sem o brilho

Da mente aberta que, sem ritmo, perece fechada.

Indubitavelmente não há um paladar concêntrico,

Pois de sinestesia em sinestesia perde-se o idêntico

Reciclar que torna a existência muda, sem nada...

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 28/11/2018
Código do texto: T6514459
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