Inconstância
Ora é fogo, depois água, apaga
Acende, é brasa, é rio que alaga
Ou sequer uma corrente, crendo
Vou vendo, vou lendo, devolvendo
Olhar que não entendo, receio, leio
Maravilhas primaveris, e depois, não
Camuflando as vontades, segue alheio
Forte como o leão, de sensível coração
Digita, tatua, escreve, desenha no papel
Me deixa aqui no chão ou me leva pro céu
Decide, ou a inconstância tem consumação
Ou é verso, apenas um verso sem inspiração.