Sem tua luz...
Tua luz, visível no pedestal
dos meus faróis,
lembra-me muito a tua voz
murmurando...
diante dos castigos de minhas audições,
Por que devo calar-me?
Ouve-me, mesmo que as palavras te pareçam
estúpidas, deselegantes, mas são palavras vivas
e entretidas em nossas verdades.
O que penso de ti?
Te amo.
Tremeluzes, enfim, para me acenderes
no vácuo dessa escuridão imensa
e fazes de minha alma, tua presença
viva, como o farol de nossas liberdades.
Por que te amo?
nem mesmo eu sei ao certo,
mas decerto nada sei do que falo
ou escrevo, ou avacalho o discurso.
O que sabemos é o que nem sei, nem sabes.
O que amamos? O presente dos sentimentos!
Deve haver uma estrada paralela
onde nunca possamos nos encontrarmos de tudo,
o que amamos, nem um pouco do eterno!