Confesso...

Que hoje, tudo que faço, é apenas resto

De uma inspiração que vem e maltrata

E deveria seguir no silêncio que detesto

Que empresta ao ano, um gosto de lata

Será que a data de vencimento expirou?

Será que sabor, que é tão bom, alterou?

Ah! Vou beber água da fonte fresquinha

Matar essa sede nem que seja sozinha

Colocar em ordem o pensamento doido

E retirar do coração o sentimento doído

Vou rimar melhor, fazer par com cupido

E tapar de vez o olhar, e o meu ouvido...