Eu não manjo
Eu não manjo nada de pajubá,
Nem sabia se existia essa palavra.
Eu nunca procurei disso manjar;
Isso não me interessa, nem interessava.
Eu não me interesso por tudo nesta vida;
Não tenho necessidade de me interessar;
Cada pessoa seleciona seus interesses;
Cada pessoa escolhe do que vai gostar.
O Brasil é um país de gente muito chata;
Eu não finjo gostar do que não gosto;
Eu não sou politicamente correto,
Mas, se outros fingem gostar, não me importo.
Eu respeito todos os seres humanos:
Não se esqueça do que acabo de afirmar.
A ninguém sou superior nem inferior:
Observe o que acabo de asseverar.
Não considero esse dialeto importante;
De poucas gírias, eu faço uso no dia a dia;
"Valeu", "fui" e a gíria "cara"
São as únicas que uso e com simpatia.
Eu gosto de linguagem clara e simples,
Mesmo possuindo vocabulário relevante;
Eu não gosto de enfeite nas palavras;
Enfeitar, para mim, é destoante.
Minhas roupas e calçados têm simplicidade;
Não gosto de nada que seja da moda;
Não faço uso de linguagem enfeitada,
Mas o gosto de outrem não me incomoda.
Eu sou um cara realmente diferente;
Eu tenho a minha personalidade;
Eu não gosto de código secreto;
Eu não abro mão da minha identidade.
A questão do Enem à qual fiz referência,
Sinceramente, não me é importante;
Poderei ser tachado de preconceituoso,
Mas preconceito não me é relevante.
Eu apenas digo o que penso e sou;
Eu não uso uma máscara para agradar;
Sou livre para me expressar criticamente,
Mas, quem quiser pode me criticar.
A vida é a matéria da minha escrita;
Observo a realidade, penso e escrevo;
A liberdade é uma permanente conquista;
Eu amo pensar por mim mesmo.
Ninguém é obrigado a concordar comigo;
Cada pessoa é livre para pensar;
Respeitosamente, tudo isso digo;
Eu amo a sublime arte de poetizar.
Uruçuí/PI, no início da noite do dia 5 (cinco) de novembro de 2018.
Ser humano, pensador, poeta, escritor e professor Domingos Ivan Barbosa.