HAVERÁ/(?)
(Ps/453)


Sempre haverá o sol
A sombra e a estrela,
Porém, nunca saberei
O que em mim haverá.
Para onde vou
A nuvem me segue
Sozinha, reminiscências ...
Planejo, tranco-me na alma.

Lá, a cidade ainda dorme
Aqui, o mar está atento, ruge
E a felicidade, parece surgir
Confusa, no meu pensamento.
Se a cidade lá dorme
Porque eu acordada aqui
Nessa impalpável hora
Sem sonho com apenas, silêncio?

Haverá de surgir algo
Uma canção que possa ouvir
Baixinho e seguir, no olhar,
A espuma, das ondas do mar.
Inútil é seguir sem você
Mas é bem cedo e devo ir
Se eu não te vir de nada serve
De eu ser e de estar por aqui.

Imprecisos instantes de agora
Presentes e em desassossego
Qual razão me leva estar aqui
Se o que desejo é incerto é dor?
Não quero pensar e me ferir,
Naufragar sozinha é ir além,
Pois, Deus está ausente e eu só
E não sei nadar e a morte tragar-me-á.

A bruma pressagia o desfecho,
A estrada tomou a névoa,
A onda, sussurra muda,
De tudo e de nada, 
Sem rastros
Abasteço-me!
Na canção que surge
Mergulho na melancolia!











 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 03/11/2018
Reeditado em 03/11/2018
Código do texto: T6493305
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.