A Unica Certeza.

A única certeza que tenho é da morte.

A Mãe derradeira que me beijará sem dó

E me igualará ao irmão pó

Arrancando-me a (des) ilusão da sorte.

O meu corpo, essa matéria bruta,

Forjado na espermática disputa,

Despedir-se-á no último marcial alento

De todas as lutas travadas no tempo.

Nesse adeus eterno,

De mim, o que não é corpo,

Adentrará a câmara do mistério

Por onde todas as almas do cemitério

Um dia passaram também,

Que assim seja (amém).

Pedro Zapata
Enviado por Pedro Zapata em 02/11/2018
Reeditado em 23/11/2019
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