Um feito só de amor

Nascer...Um ato forte paralelo ao de morrer...
Sofrer, sorrir, se abrir para o amor do jeito que ele for
E o beija-flor se reinventa para na gravidade sobreviver...
Na flor de baobá se abre um feito só de amor

Nascer, um contrato firmado sem local nem data
Fechado no tempo sem direito a nenhum incremento
Fechado para eventos e sentimentos indeterminados
Num ritmo de espera para quem leva contrato do passo

Morre-se quando se morre a dignidade
Morre-se quando se encerra a vitalidade
Morre-se quando se fere a lei da essencialidade.

Morrer vivo para o mundo que lhe diz não
Morrer, sem eira nem beira, por besteira
ou quem sabe cinco cíclimicos de perdão!

(Agradeço à poetisa MaísaSilva as sugestões que enriqueceram este poema)