Distopia da infância
Infância, mais um dia.
O menino me diz: “tia!”
“Estava ali, nada fazia.
Na praça, só existia.
Mal perguntado do que acontecia,
vi-me no chão, não entendia!
De joelhos, a mente vazia.
Algemas apertadas, o coração tremia!
Não ande aqui, ele me dizia!”
O objeto da tirania,
simplesmente obedecia.
Por que a infância não o protegia
daquela violência e hipocrisia?
Infância, mais um dia.
Chorei o choro da distopia.