Quem dera os jornais publicassem poesias...
Quem me dera abrir o jornal e ver somente poema! Sem os classificados dos desempregados, as polícias sem seus esquemas; queria ver o jornal exclusivamente miscigenado de poemas!
Não desejo ler menos livros, e sim mais jornais! Simples ou luxuoso, não importa o formato, o impresso que documenta; gravado sem tantas procelas, jazendo comum o alimento da alma tranquila e serena. Queria ler no jornal mais publicação de poemas!
Duras linhas e letras, fotos revelando mutretas, cores realçando o pavor, gente acostumada ao horror, quem me dera ver mais nos jornais, gente descobrindo o odor da alfazema; seria muito bom, abri-lo e ver somente poema...
Veem-se fuzis, mil e trezentos ‘brasís’; mãe chorando do parto, filho se educando no mato. Deprimidos tabloides que só despontam algemas, em vez de ensinarem e publicarem mais lindos poemas...
Até os lançamentos não se vê mais, nada de cartazes dos filmes de cinema, quem dera eu pudesse ler nesses tantos jornais, lindas devoções amorosas através dos poemas!
Na capa e contracapa, só se fala de sangue, gente vivendo no mangue; nada se conhece sobre fonemas, quem dera eu lesse mais, ao invés da palavra mordaz, lindos e prazerosos poemas...
Será mesmo que já esquecemos a poesia, e tratamos a vida assim, com tamanha heresia? Será que vivemos de fato esse problemático dilema? Porque não deixamos de lado um pouco dessa desgraça, e nos acostumar a ver nos jornais mais folhas de poemas?
Lê-se edital de falência, chamado de concorrência, cânticos retinem pura demência. Cenas da vida cotidiana de um povo cheio de edemas. Publica-se tudo num jornal, menos a doçura de um poema...
A publicidade é o que sustenta a casa, mas o exemplo do cordel poderia complementar a saída! Em vez de anunciar tantos finais de vida, misérias e estratagemas, sugiro a todo jornal se dar ao luxo de proclamar mais deliciosos poemas!
É óbvio que o aviso é necessário! São realidades infelizes desse ingênuo fadário! Diários, semanários e mensários expelem projetos pilotos de reais problemas, mas bem que podiam reservar mais espaço para os deleitosos poemas!
Noticia-se em amplidão do perverso sistema à política grafema! Editoriais pífios, expedientes transparentes, coluna social, até o obituário faz-se habitual. Uma pulverização de baldios teoremas, e raras vezes se vê expressar um lindo e magnífico poema!
Tempo e clima, horóscopo e charge. Economia e desporto, tudo num jornal se avista como atrativo lexema! Cultura, turismo, moda, automobilismo e até informática, tudo isso é bem mais gracioso, do que a visão de um majestoso poema!
Nessa minha carta aos leitores, rogo modestamente aos soberanos instrutores periodistas. Publiquem tudo que o povo anseia; nada mais que os motivos do que a vida permeia! Causem a verdade ao Mundo em páginas com força da antena, mas nunca deslembrem de publicar, nem que saiba um singelo poema!
Aquele que cultiva a árvore da poesia, dificilmente padece do fruto do amor!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
Quem me dera abrir o jornal e ver somente poema! Sem os classificados dos desempregados, as polícias sem seus esquemas; queria ver o jornal exclusivamente miscigenado de poemas!
Não desejo ler menos livros, e sim mais jornais! Simples ou luxuoso, não importa o formato, o impresso que documenta; gravado sem tantas procelas, jazendo comum o alimento da alma tranquila e serena. Queria ler no jornal mais publicação de poemas!
Duras linhas e letras, fotos revelando mutretas, cores realçando o pavor, gente acostumada ao horror, quem me dera ver mais nos jornais, gente descobrindo o odor da alfazema; seria muito bom, abri-lo e ver somente poema...
Veem-se fuzis, mil e trezentos ‘brasís’; mãe chorando do parto, filho se educando no mato. Deprimidos tabloides que só despontam algemas, em vez de ensinarem e publicarem mais lindos poemas...
Até os lançamentos não se vê mais, nada de cartazes dos filmes de cinema, quem dera eu pudesse ler nesses tantos jornais, lindas devoções amorosas através dos poemas!
Na capa e contracapa, só se fala de sangue, gente vivendo no mangue; nada se conhece sobre fonemas, quem dera eu lesse mais, ao invés da palavra mordaz, lindos e prazerosos poemas...
Será mesmo que já esquecemos a poesia, e tratamos a vida assim, com tamanha heresia? Será que vivemos de fato esse problemático dilema? Porque não deixamos de lado um pouco dessa desgraça, e nos acostumar a ver nos jornais mais folhas de poemas?
Lê-se edital de falência, chamado de concorrência, cânticos retinem pura demência. Cenas da vida cotidiana de um povo cheio de edemas. Publica-se tudo num jornal, menos a doçura de um poema...
A publicidade é o que sustenta a casa, mas o exemplo do cordel poderia complementar a saída! Em vez de anunciar tantos finais de vida, misérias e estratagemas, sugiro a todo jornal se dar ao luxo de proclamar mais deliciosos poemas!
É óbvio que o aviso é necessário! São realidades infelizes desse ingênuo fadário! Diários, semanários e mensários expelem projetos pilotos de reais problemas, mas bem que podiam reservar mais espaço para os deleitosos poemas!
Noticia-se em amplidão do perverso sistema à política grafema! Editoriais pífios, expedientes transparentes, coluna social, até o obituário faz-se habitual. Uma pulverização de baldios teoremas, e raras vezes se vê expressar um lindo e magnífico poema!
Tempo e clima, horóscopo e charge. Economia e desporto, tudo num jornal se avista como atrativo lexema! Cultura, turismo, moda, automobilismo e até informática, tudo isso é bem mais gracioso, do que a visão de um majestoso poema!
Nessa minha carta aos leitores, rogo modestamente aos soberanos instrutores periodistas. Publiquem tudo que o povo anseia; nada mais que os motivos do que a vida permeia! Causem a verdade ao Mundo em páginas com força da antena, mas nunca deslembrem de publicar, nem que saiba um singelo poema!
Aquele que cultiva a árvore da poesia, dificilmente padece do fruto do amor!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires