O RISO QUE PERDI

Vem me trazer

O riso que perdi

Na manhã ensolarada

Que não vi,

Na festa de beleza

Que perdi

Quando a noite

Se fazia madrugada

E eu não percebia

O esplendor

Que da noite irradiava

Ocupado que estava,

Comigo mesmo ocupado!...

Vem, traz um punhado

De estrelas,

Que ao vê-las --

me vestirei de encantos!..

E cantará comigo a natureza;

Vem me trazer

O riso que perdi,

Na noite enluarada

Que passar

Nao vi,

Envolto em pensamentos

Que embaralhados fluíam;

Vem me falar

De amor,

De coisas bonitas:

Mente pra mim,

Suaviza.

Diz palavras tolas, pueris.

Nao tempestade,

Mas suave brisa,

Palavras adocicadas

Que só foram ditas

Para me alegrar,

Bem sei!...

Mesmo que mentiras,

Eu as queria ouvir;

Vem me trazer

O riso que perdi ,

Numa manhã ensolarada,

Que dessa vez,

Não deixarei partir!

Vem, escalarei

Montanhas, mesmo

Que montanhas

Só as tenha, na imaginação;

Desbravarei desertos,

Mares, lagos e riachos,

E , acho,

Diacho,

Que nada desbravarei

Se não houver afeto!

Vem, me dê calorosamente a mão,

Vamos seguindo...

Um simples gesto seu ,

Abrirá um céu

De encantamentos !...

Mão na mão -

Simples assim !...

Quebrando paradigmas,

Abrindo portas,

Trancas e ferrolhos

Do meu coração

Fechado até então;

Vem, resgata

O riso que perdi!

JUCKLIN CELESTINO FILHO
Enviado por JUCKLIN CELESTINO FILHO em 29/10/2018
Reeditado em 03/12/2018
Código do texto: T6489602
Classificação de conteúdo: seguro