Qualquer coisa
Eu ando com minhas mãos nos bolsos.
Eu ando olhando para o céu.
Tropeço em qualquer coisa no chão
E esta qualquer coisa me agarra pelo braço.
Com esforço, eu olho para baixo
Um olhar frágil me encara.
Com um sorriso solidário, tiro a minha mão do bolso
E dou uma bofetada na mão de qualquer coisa.
Eu vi tantos abraçar a ancora
E hoje choram, pelo tanto que afundaram
Eu que tanto lutei para puxá-los,
Agora, ando olhando para o céu e com as mãos nos bolsos.