Obsoleto

O roda do mundo gira

E tudo segue sem se importar com nada.

O mundo não se importa comigo

Acredito, que no fundo eu também não me importe.

Não carrego nada além de incertezas

E certezas sobre as incertezas.

No final das contas, eu não tenho nada.

E observo os que acham que tem.

Admiro os que carregam a verdade

Tamanha verdade, que chega a brilhar

E por meandros, eu não acredito.

Há tempos que não acredito em nada...

O ceticismo me dói profundamente

Mas, eu finjo acreditar.

Não me sinto parte disso

E por mais que eu tente,

Pode ser que eu não seja mesmo.

Luiz Bergantim
Enviado por Luiz Bergantim em 28/10/2018
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