Tic - tac
O relógio na parede,
ora imóvel, a descansar,
já não marca mais o tempo,
jaz inerte, sem girar...
E no silêncio das horas idas,
só lhe cabe recordar,
do tic - tac compassado,
testemunhando a vida passar.
Seus ponteiro, hoje hirtos,
refletem a lacuna que há,
entre o passado e o agora,
entre o que foi e o que será.
E esse relógio esquecido
cumpre apenas revelar,
a finitude das coisas
e o que nos logra esperar...