Palavras e sonhos.

Houve um tempo não queria pensar.

Muito menos escrever.

Queria ficar em um quarto fechado.

Olhando para o alto.

Procurando entender a cor das paredes.

A razão da brancura ocidental.

A luz do reflexo escuro.

Esperando a noite passar.

Refletindo o silêncio do tempo.

Via pelo espaço de uma janela.

O brilho distante das estrelas.

Esse tempo era tão perto e distante ao mesmo tempo.

O desejo era compreender o escuro preso ao infinito.

Sonhava com a extensão da noite.

Lá fora qual a razão do vento não parar de voar.

Então perguntava ao silêncio.

Qual o motivo do dia não acabar.

Quando a noite terminava, eu dormia.

Um sonho profundo e inocente.

Anos inteiros, a vida era desse modo.

Até o tempo fugir.

Pensava que uma noite interminável nasceria.

Enquanto dormia as madrugadas.

Até a ternura despertar o medo das intuições.

A felicidade tão somente um sonho.

Edjar Dias de Vasconcelos

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/10/2018
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